quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ESTUDO BÍBLICO


A EFICÁCIA DE JESUS NA FORMAÇÃO DA SUA EQUIPE

Provavelmente, seu sonho, como líder, é ter uma equipe capaz e apaixonada pela Obra e por Deus. Uma equipe visionária e eficiente. Parece utopia, mas não é. Jesus teve uma equipe cheia de falhas – formada por pecadores como nós – mas que foi amplamente vencedora. Para termos uma equipe semelhante, precisamos aprender e conhecer seus passos na seleção de seu time. Seguem seis princípios de sua liderança

1. Jesus identificou o perfil de seus comandados

“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” Marcos 1.17

Jesus buscava ajudadores que contivessem duas características: paixão e competência. As perguntas fundamentais na escolha de uma equipe são “onde está o teu coração?” e “qual a tua competência?”. Entendo por competência o conjunto de habilidades, unção, conhecimento e experiência. Já a paixão ou coração é o caráter, a intenção, o compromisso e os valores pessoais.

Nas igrejas há aqueles que são apaixonados por um ministério, mas não demonstram competência para atuar nele. Como exemplo, há os que se sentem plenamente realizados atuando no louvor, mas basta ouvi-los cantar para saber que eles não têm vocação para o canto fora das quatro paredes do seu banheiro. Em alguns casos, um pouco de técnica resolve. Em outros, não.

Há ainda o crente competente para cantar, mas que não têm nisso seu coração. Assim, o conhecimento é quase vão, a dedicação se torna obsoleta e os frutos do ministério, escassos. O melhor é tentar atrair o coração dessa pessoa, sem autoritarismo. Isso precisa ser Obra do Espírito, não de homens. Caso essa atração não ocorra, o líder é o encarregado por planejar uma substituição. Nem sempre o conhecimento basta.

Por fim, há aqueles que atuam em área onde são incompetentes e não têm nela seu coração. Geralmente estão lá por determinação de alguém que o “empurra”, na melhor das intenções. Aí só há uma saída: retire-o de lá com urgência. Não receie abrir lacunas. Ore e Deus proverá.

2. Jesus selecionou alguns

“Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si e os seus discípulos e escolheu doze dentre eles.” Lucas 6.12,13

Não vejo outra forma de alcançarmos um ministério bem sucedido se não pela busca incessante da direção do Pai. Jesus orou antes de formar sua equipe. Um princípio básico, simples e eficiente. Ele dedicou-se pessoalmente ao processo de escolha e foi pró-ativo nesta seleção. Conviveu com seus discípulos, caminhou com eles, conheceu seus anseios.

Um ponto interessante na atitude de Jesus é que Ele escolheu justamente aqueles que tinham uma ocupação. Estou certo que é melhor liderar pessoas engajadas em um determinado trabalho – ou que pelo menos já o foram - do que desocupados. Pessoas trabalhadoras se encaixam melhor no perfil de uma equipe ideal. Estar ocupado significa envolver-se naquilo que se propõe. Dedicar seu coração, sua alma, sua vida.

3. Jesus capacitou os escolhidos

Não há como falar sobre o processo de escolha dos discípulos sem fazer alusão à frase “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”. No Reino de Deus, capacitação é primordial. “Então, começou a ensinar seus discípulos ...”, narra Marcos falando sobre essa relação de ensino entre Jesus e sua equipe. O próprio Espírito Santo foi enviado com a tarefa de nos “ensinar todas as coisas”.

Capacitação é o ato intencional de fornecer meios para proporcionar uma aprendizagem que invariavelmente representa mudança no comportamento humano, que decorre dos novos conhecimentos, do desenvolvimento das habilidades, da lapidação das atitudes e da formação de conceitos.

Treinar um membro da equipe pode ser trabalhoso, mas é fundamental para que o ministério não se perca. Quando a igreja tem membros bem treinados, ela se desenvolve melhor. E a recíproca é verdadeira. Igrejas maduras, bem desenvolvidas, valorizam a capacitação.

4. Jesus deu o direcionamento

Jesus também orientou como os setenta deveriam agir (Lc 10.1). Falou desde o que deveriam levar até como deveriam se comportar. A missão era clara e bem definida. Jesus enxergou o objetivo, montou a equipe, comunicou, instruiu e encorajou os envolvidos pela significância da Missão.

Assim como Jesus, você precisa orientar sua equipe e conduzi-la à visão que Deus lhe deu. É sua função direcionar a obra: definir metas em cada etapa, o papel de cada um no processo e acompanhar todo o andamento da missão, não deixando que as coisas ocorram ao “acaso” ou no improviso.

5. Jesus avaliou o trabalho

O feedback, ou a reação dos envolvidos nos processos – locutores, interlocutores e receptadores – é fundamental para o sucesso. Sem avaliar os resultados de cada etapa, corre-se o risco de desperdiçar informações importantes para as próximas. Em pelo menos duas ocasiões, Jesus reagiu ao comportamento dos discípulos e deixou claro uma opinião sobre os fatos:

“Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas eles não puderam. Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco e vos sofrerei? Traze o teu filho.” Lucas 9.40, 41

“Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!... Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai... E, voltando-se para os seus discípulos, disse-lhes particularmente: Bem-aventurados os olhos que vêem as coisas que vós vedes.” Lc 10.17, 24

Esses dois momentos referem-se ao mesmo assunto: expulsão de demônios. Em um caso Jesus repreendeu os discípulos por não terem conseguido expulsar e, no outro, eles se surpreenderam pelo fato de os demônios se submeterem.

Um dos objetivos de avaliar a equipe é descobrir onde é preciso concentrar nossos ensinamentos. A avaliação é um meio, não um fim. Deve ser relativa ao objetivo desejado, mas observa também as habilidades e as atitudes em evidência no grupo. Avaliar é essencial tanto para reforçar o que é positivo como para punir o que é negativo, resultando em ajustes. Perceba que Jesus em um momento reprovou, mas no outro aprovou o comportamento da equipe - o que evidencia sua capacidade de olhar qualidades e defeitos com a mesma intensidade.

6. Jesus incentivou sua equipe

“... ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba, no presente, muitas vezes mais e, no mundo por vir, a vida eterna.” Lc 18.29-30

O maior incentivo de quem serve deve ser agradar o Senhor. Não há alegria maior para um servo do que sentir que Deus está feliz com suas atitudes e trabalho. Por isso, creio que o maior incentivo de quem serve é que se permita que ele sirva mais.

Incentivar a equipe é estar atento à satisfação de todas essas diferentes necessidades das pessoas. Uma organização ou agrupamento não deve pretender suprir todas as necessidades de alguém, mas deve ser sensível a qual estágio cada um se encontra fazendo o melhor para ajudar cada qual em seu momento de vida.

Estes seis princípios observados na vida de Jesus na formação de sua equipe podem e devem ser perseguidos. Imitar Jesus abrange todos os aspectos de seu caráter perfeito e seu procedimento exemplar. Nele não havia pecado, por isso tudo o que pudermos observar é digno de ser imitado. Vamos sempre continuar a aprender como nosso Mestre.



Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!
I Coríntios 10:12





Pr. Dr. Natalício Araújo

QUANDO UM MILAGRE É PRECISO
Atos 3.1-10

1 “Certo dia Pedro e João estavam subindo ao templo na hora da oração, às três horas da tarde.

2 Estava sendo levado para a porta do templo chamada Formosa um aleijado de nascença, que ali era colocado todos os dias para pedir esmolas aos que entravam no templo.

3 Vendo que Pedro e João iam entrar no pátio do templo, pediu-lhes esmola.

4 Pedro e João olharam bem para ele e, então, Pedro disse: “Olhe para nós!”

5 O homem olhou para eles com atenção, esperando receber deles alguma coisa.

6 Disse Pedro: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande”.

7 Segurando-o pela mão direita, ajudou-o a levantar-se, e imediatamente os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes.

8 E de um salto pôs-se em pé e começou a andar. Depois entrou com eles no pátio do templo, andando, saltando e louvando a Deus.

9 Quando todo o povo o viu andando e louvando a Deus,

10 reconheceu que era ele o mesmo homem que costumava mendigar sentado à porta do templo chamada Formosa. Todos ficaram perplexos e muito admirados com o que lhe tinha acontecido”.

Introdução
Segundo uma pesquisa norte-americana (Newsweek), "84% dos americanos acreditam que Deus realiza milagres e, 48% afirmaram já ter presenciado ou experimentado algum milagre. Ainda segundo a pesquisa, "entre os americanos, 75% dos católicos, 81% dos evangélicos e 43% das pessoas sem religião, declararam que já pediram a Deus por um milagre".

Para os judeus, todas as manifestações de Deus, na natureza e na história, eram para eles milagres, maravilhas (Sl 138,14; Jó 5,9).

Diz o dicionário Aurélio, que "qualquer manifestação da presença ativa de Deus na história humana, é milagre".

O nosso Deus é o Deus dos milagres... no livro que nos conta a história de Jó, lemos isto: “Ele realiza maravilhas insondáveis, milagres que não se pode contar” (Jó 1.9).

Ele tem um milagre para cada vida aqui.

A grande questão, no entanto, é o que fazer para receber um milagre de Deus.

Eis alguns princípios para a nossa vida:

...o primeiro princípio é:
1- VOCÊ NUNCA DEVE ACHAR QUE DEUS SE ESQUECEU DE VOCÊ
Este homem, aqui do texto, tinha mais de quarenta anos e todos os dias era colocado na porta do templo.

Quantas vezes Jesus deve ter passado por este homem? ...com freqüência, Jesus ia ao templo... então, aquele homem, por diversas vezes, presenciou Jesus curar os enfermos: os coxos, os cegos, os paralíticos... (Mt 21).

Toda vez que aquele homem via Jesus curando aqueles doentes no templo, ele devia se encher de esperança... no entanto, a vez dele nunca chegava.

Por que? Jesus havia se esquecido dele?

Não! Deus nunca Se esquece de nenhum de nós... apenas não era ainda, o tempo de Deus agir.

No aparente silêncio, Deus está nos dizendo: “espere – o seu tempo ainda vai chegar... não Me esqueci de você”.

De fato, houve um dia em que Pedro e João foram ao templo e disseram para aquele coxo: “olha para nós, o dia do seu milagre chegou”.

...eis o segundo princípio:
2- NUNCA ESPERE POUCO DE DEUS
Se você estiver precisando de um milagre de Deus em sua vida, de uma intervenção de Deus urgente em sua vida, lembre-se de esperar grandes coisas de Deus.

O coxo pediu a Pedro e a João uma esmola... mas, o que é que Deus tinha para aquele homem?

Ah! Deus tinha para ele um grande milagre... Deus tinha para ele uma grande bênção: Deus tinha cura para ele!

Você nunca pode esperar pouco de Deus... porque Deus nunca tem pouca coisa para você... Deus tem muito e tem o melhor.

Por isso, se precisamos de um milagre de Deus, de uma intervenção de Deus, vamos abrir mão da nossa pouca expectativa...

Talvez esse seja o nosso erro mais comum: imaginar que Deus abençoa extraordinariamente os outros e a nós não... não é verdade.

O nosso maior sonho, ainda é pouco, ainda é pequeno, diante do que Deus tem preparado nos dar.

...e o terceiro princípio é o seguinte:
3- DÊ UM PASSO DE FÉ
O homem só foi curado quando resolveu agir com fé, estendendo a sua mão para Pedro.

Quando a mão de Pedro tocou a mão do homem doente, seus os músculos e artelhos foram restaurados.

Sempre há um passo de fé precedendo um milagre.

A Bíblia revela isto em várias passagens:

Naamã, por exemplo, precisou ir até o rio Jordão e mergulhar sete vezes nele (2 Reis, 5.14));

O cego a quem Jesus curou, pondo-lhe um emplasto de saliva com terra nos olhos, teve quer ir ao tanque de Siloé, para ser curado (Marcos, 8.23).

A viúva de Sarepta, para ser recompensada, teve que abrir mão do pouco de farinha e azeite que tinha em casa (1 Reis, 17.14).

Conclusão
Há momentos em nossas vidas que só um milagre resolve, que só a intervenção de Deus para mudar o rumo das coisas...

Pois, Deus está sempre pronto para fazer o milagre em qualquer área da no nossa vida: seja no nosso casamento, no nosso caráter, nos nossos filhos, trabalho, em nós mesmos!

O principal, porém, é que saibamos esperar em fé, em confiança...

Alguém disse com acerto que “esperar é uma disciplina que Deus nos concede”.
Pb.Gustavo Silva